quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Freud.

Freud, por favor, explica minha eterna fase oral de querer tudo com a boca! Explica! Me dá uma solução! Eu não dei chupeta para minha filha, pensando em poupá-la de um primeiro vício oral. Talvez pela falta da chupeta, ela seja tão desenvolvida na fala. Ela come muito bem, o que é muito bom. Mas pensando em mim, já acho que a comida faz parte dos meus hábitos orais onde esbarro no vício. A boca tem vontade própria. Fala, come, bebe, fuma, beija, faz biquinho, chupa, sopra. A primeira coisa que um bebê faz quando nasce é abrir a boca para chorar e tudo que ele quer é sugar. Ele toca no mundo através da sucção. Sinto-me um bebê gigante e desejo ter domínio sobre as minhas necessidades orais. A minha ansiedade mora na boca, a minha angustia também. E a minha carência também.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

fragmentos

Eu ando muito louca. Intensa. Inteira. Radical. Entregue, permissiva. Livre. Feroz e insustentavelmente leve.