Após caminhar pela loja, achei apropriado falar um poema de Viviane Mosé
a palavra é uma roupa que a gente veste
Uns gostam de
palavras curtas.
Outros usam roupa em excesso.
Existem os que jogam palavra fora.
Pior são os que usam em desalinho.
Alguns usam palavras raras.
Poucos ostentam caras.
Tem quem nunca troca.
Tem quem usa a dos outros.
A maioria não sabe o que veste.
Alguns sabem e fingem que não.
E tem quem nunca usa a roupa certa pra ocasião.
Tem os que se ajeitam bem com poucas peças.
Outros se enrolam em um vocabulário de muitas.
Tem gente que estraga tudo que usa.
E você, com quais palavras você se despe?
(Viviane Mosé)
Outros usam roupa em excesso.
Existem os que jogam palavra fora.
Pior são os que usam em desalinho.
Alguns usam palavras raras.
Poucos ostentam caras.
Tem quem nunca troca.
Tem quem usa a dos outros.
A maioria não sabe o que veste.
Alguns sabem e fingem que não.
E tem quem nunca usa a roupa certa pra ocasião.
Tem os que se ajeitam bem com poucas peças.
Outros se enrolam em um vocabulário de muitas.
Tem gente que estraga tudo que usa.
E você, com quais palavras você se despe?
(Viviane Mosé)
Frederico Tauil escreveu um texto sobre a estação e eu fiz a interpretação através da fala e de gestos agregados a tintas.
Telescópio.
A vida volta seu olhar para o multissensorial: somos exuberantes, somos formas rebuscadas refletindo
todo o ouro do sol e toda prata da lua. Somos tudo o que temos direito, em cada
segundo, como nunca mais!
Estou entregue escancaradamente a minha primitiva FOME DE
VIVER!
E começo os dias vibrando instantes de tons avermelhados. Na
minha cintura marcada, somente um desejo: que seja eterna esta sensualidade
dramática que corre em minhas veias e pulsa sinfonias
Agora é minha melhor estação... Esmeraldas, rubis, safiras,
tudo junto e misturado refletindo em prismas meu brilho durante dias e noites
sem-fim...
Abro alas em paz sem vergonha de ser feliz, pq afinal de
contas, sei que um dia estarei muda, e mais nada.