segunda-feira, 5 de março de 2018

Sinto muito

Eu sinto muito.
Sinto sua partida. 
Sinto cada ato.
Sinto a incapacidade da entrega 
e os nossos fingimentos de que está tudo certo 
quando não está.
Sinto muito que a prática seja diferente da teoria e das palavras confortantes que dizemos um ao outro.
Sinto nosso medo e nosso desejo.
Sinto muito o sentido sem sentido 
que nos envolve quando não nos olhamos por dentro.
Sinto muito por ter sentido raiva
quando não me senti amada. 
Sinto muito por ter sido vingativa
quando o que queria
era você 
de mãos dadas comigo
e a gente beijando no metrô.
Sinto a rejeição disfarçada de desapego.
Sinto o prazer do desprezo 
Sinto a fragilidade jogada pra escanteio.
Eu sinto muito. 
Sinto falta do primeiro encontro,
da surpresa,
das cambalhotas no mar,
dos beijos salgados
e das ondas fluidas.
Sinto o que se foi. 
Eu sinto muito.

Ainda dói

Choro prantos passados 
visíveis ainda 
em cantos guardados. 
Choro uma dor antiga, 
teimosa, 
uma ferida engessada. 
Choro a máscara intoxicada. 
Choro a fortaleza 
que inflou a escuridão. 

Emburrei-me para não sentir. 
Fui para o lado mais agressivo da força. Falei minhas tripas, 
cuspi meu estômago. 
Explodi minha cabeça
 Dancei passos certeiros e esquizofrênicos, 
exorcizando o pulso latente 
que ainda insiste em doer.

Assim

Estou enlatada,
cheia de conservantes.
Embalada a vácuo,
vazia de naturalidade.
Sem as cores 
que me iluminavam,
fiquei opaca!
Restaram cinzas.
O brilho evaporou com o álcool,
o viço com a fumaça 
e eu fiquei assim.
Assim, assim.
Com o amor que passou
e a rejeição que ficou.
Com as máscaras encobrindo a solidão
e as farsas impedindo o desejo.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

C


Curvas e Contornos do C
Careço de Carinho Constante Com Cheiro e Cor Concomitante Com o Coração Carente Ceifado no Corte Calado do Coice Cabreiro e Certeiro que Controla a Cabeça Consciente na Casa Cansada de Certas Certezas Cagadas que Compõe a Couraça do Corpo Certificado de Coragem Criativa Cedendo Com a Chuva que Cresce Cheia Consolidando a Cura na Caneta que Cantarola Composições Cegas na Carcaça da Cavala em Cavalgadas Contrárias a Calma do Capim Comido.

Foto projetada: Alexandre Grand

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Poema para foto



Antonio perambulava pela cidade 
Em linhas e curvas
Passarelas e Postes
Seus passos firmes entre nuvens e horizontes. 
Andarilho de si, de repente parou.
Ali, em mim. 
Carimbou seu corpo no meu.
Marcou seu lugar
Ali, na lombar.
Nas minhas vértebras, 
nas articulações.
Preencheu cada pedaço
Seguindo seu taco
Em contato com meu.
Cada um no seu espaço,
Antonio encontrou o seu no meu
O ponto.
Ponto de partida pra todos os pontos.
Ele sabe que o ponto é seu.


Foto projetada: Alexandre Grand

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

A fuga

As palavras andam fugindo de mim...
E quando elas passam de rasante
eu insisto em não anotar
julgando que vou lembrar.
A vida é fragmentada, o que tiver que voltar, volta.
Volta nada. Perdeu, playboy!
As ideias estão no ar.
Tipo assim: "Deus é de quem conseguir pegar"

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Nós

Os rabiscos na parede do meu quarto
Seus traços nos meus riscos
Minhas palavras nos seus desenhos

Tem sempre você
Em cada canto
Em cada traço

O tropeço no brinquedo,
o choro, o riso, o trato
Você comigo no passo
Entrelaçada
nos rumos e prumos

Seu laço no meu cabelo
Minhas meias nos seus pés
A boneca no meu colo
Você com meu figurino brincando de ser mãe
e eu a filha

Eu te carrego
e você me segura
Eu faço a sua comida
e você me alimenta

Você é a minha volta pra casa
meu chão, meu céu
É o meu sonho e a minha realidade.





quinta-feira, 19 de maio de 2016

PoetOculto 2014

Para Betina Kopp
De Juliana Hollanda


gestos que falam

mãos são palavra
- costurada -
no sorriso largo da menina que dança

ela faz balé com passos certeiros
de frases concretas
num vasto cardápio de idéias
- e vontade -

ela se constrói
- desconstruindo -

as asas
apontam o arco-íris
e surge da nuvem mais alta,
a mulher

ela mergulha no palco,
dá rasante nas frases cortantes
enche o peito de água e
transforma sensações em chafariz
respira exposta em pleno mar
- a onda bate e revela -

a feminilidade está em ver
que o outro acredita na volúpia
que se espelha
- vislumbra –
surge seu olhar

meu poetOculto é água
- nascente –
que guia os dias
(e permite sentir)

purpurina verde que se espalha
- ao redor -
faz todo mundo
ouvir
a voz do coração
e assim,
ser.

Para Betina Kopp
De Juliana Hollanda

(20.12.14)

sábado, 9 de abril de 2016

Luxúria

Foi assim, de repente, de um dia para o outro
Ela apareceu e te levou para bem longe de mim.
Foi ela que arrastou seus pés
arrancou meu chão
e afundou nossos sonhos no fundo do poço.
Ela foi rápida, rasteira, armou bem o bote
e você, fraco, caiu no jogo dela.
Abandonou as cartas na mesa e me deixou jogando sozinha.
Justo na hora que tínhamos as melhores cartas na mão,
você entregou o jogo.
Ela virou sua cabeça, desvirtuou seu coração
e como num passe de mágica, você sumiu
botou o capuz da menina do Caverna do Dragão e desapareceu
Saiu pra comprar cigarro e nunca mais voltou.
De cara, na hora, eu senti que era ela
Só podia ser ela, a luxúria.
Foi ela sim, a luxúria, que sobrou em você
e faltou em mim.
De resto, teria sido qualquer carência à toa.
Mas não, foi ela: Luxúria, irmã da Lascívia

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

minha natureza



O sol seca o mau olhado, o mar leva o indesejado e o céu aproxima o bem amado.

Minha mãezinha

Minha mãezinha. Ser sua filha é ter um porto seguro de amor. Obrigada por estar sempre presente e por ter me educado com amor e segurança. Sei que tenho você pra tudo que eu precisar em qualquer hora ou lugar. Obrigada por me ouvir e dar valor ao que eu digo. Obrigada por essa relação linda de amizade que temos. Obrigada por ser essa mãe tão zelosa que me ensina a ser mãe também. Hoje é o seu dia, dia de agradecer! Te amo muito, muito e muito, infinito, pra sempre. Você estará sempre comigo. Sou um pedaço de você com muito orgulho

Bloco

Vem, jardineira
Vem meu amor
Joga confete pro alto
Sopra purpurina na minha cara
E me molha inteira
Canta, dança
Anda, samba
Canta errado, bebe
Beija
Beija, beija,
Tá calor, tá calor
Todo mundo junto
Muito suor envolvido
Descontraído, vivo
Dedinho pro alto
Eeeeeeee 
Índio quer apito
Se não der pau vai comer
Encontra, se perde
Acha, desencontra
Reencontra
Faz xixi 
Passa e canta(errado)
Choraaa, não vou ligar
Chegou a hora
Pode chorar
Pode chorar

Poiesis

Poesia minha, poesia pura viva, da carne, da pele, do eu.
Poiesis dos dinossauros, de antes de Cristo. Do ser poesia e sendo assim sendo eu. 
Eu pro seu com todo meu amor mais profundo e poético, de todos os meus pontos de vista, do olho, da alma, da vagina, da orelha, do nariz, do ânus. De todo o meu eu pro seu. Olhar. Poesia. Amor.

Reflexo

Os reflexos do que eu escrevo
Estão no rosto que vejo na minha frente.
Um espelho. (Desde bebês somos reflexo do que veem de nós. O olhar. A repetição)
As escolhas.
Parecem boas e são....
Parecem boas e não são.
O saber do novo dia,
Do que vem pela frente.
Mesmo se atrás não tem gente,
Não tem porque eu não correr na frente.
Se o mundo está estranho,
é claro que eu também estou.
Crise de tudo!
máscaras que caem,
novas mídias...
Relacionamentos burgueses em extinção.
Vai se achar no meio de tudo isso...
Veste o verde da esperança,
O perseverar da perseverança,
E a coragem de ser verdadeiro,
O verdadeiro é original
Em mundos tão programados.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

3 anos

07 de janeiro de 2013 foi o dia escolhido por Cora para ver a luz do mundo, após deliciosas 42 semanas dentro de mim, ela chegou enorme e com muita fome. Foi o dia mais emocionante da minha vida e ali iniciava uma nova etapa. Ser mãe é um presente divino, envolve todos os clichês possíveis e o mais importante: responsabilidade. Ser mãe foi a minha melhor escolha. E quando você tem certeza do que q...uer, qualquer desafio será superado. Não imaginava ficar mãe solteira, inclusive esse rótulo me incomodava bastante, depois percebi que na verdade era motivo de orgulho e que tudo que eu precisasse, bastava olhar para ela que eu iria conseguir! Cora, você é meu coração, minha cabeça, meu chão. Você é minha volta pra casa, você é a certeza da minha importância nesse mundo, você é o meu sonho e a minha realidade, você é a minha superação. Por você e para você, eu passo por cima de tudo. Por você e para você eu modifico o rumo. Você é a minha prioridade, a dona do meu tempo, a guia do meu coração e a minha maior Poesia. Nós somos muito parceiras e amigas! E eu só tenho a agradecer por ter você. Tenho muito orgulho da nossa relação, dos nossos aprendizados, das nossas escolhas... Olho pra você: saudável, inteligente, alegre, esperta... E essa é a maior das recompensas! Cada noite mal dormida, cada preocupação, cada detalhe do dia-a-dia, cada erro, cada acerto... Tudo vale a pena! A educação se constrói no cotidiano, na prática... E eu tenho a honra de ser a grande responsável pela sua vida até você ter a capacidade de fazer isso por você mesma. Tenho muita alegria de criar com você uma relação linda, onde evitamos ao máximo a dependência uma da outra, porque sabemos a importância dessa liberdade pra ser feliz! Recentemente passamos 7 dias distantes pela primeira vez... Muita saudade, mas muita certeza do quanto isso é importante pra nós! A mãe precisa muito ter espaço para ser mulher e ensinar pro filho a importância dessa conquista! Agora, estamos aqui, juntas, renovadas, felizes no nosso lar, aprendendo a praticar o desapego e a sempre retornar, temos a confiança plena que podemos ir e vir, porque sempre teremos nosso coração unido para retornar. Nosso ninho de amor, nossas coisinhas... Juntas, construímos nosso espaço, aprendendo a lidar com todas as dificuldades que envolvem morar sozinhas, uma mãe e uma filha. Agradeço muito aos meus pais por todo o apoio, amor e segurança. Sem eles, não sei como seria... Agradeço muito por eles compreenderem também o espaço de serem avós e permitirem meu espaço de ser mãe solteira, sem grandes interferências, apenas estando sempre por perto para tudo e principalmente nos ofertando muito amor! Sei também que sou uma boa mãe, porque tenho esse exemplo da minha grande mãe! E por isso, tenho total noção do tamanho da minha responsabilidade. Cora, muito obrigada por ser minha filha! E que venham muitos e muitos anos de aprendizados, desafios, alegrias, sabedoria, saúde e muito amor! Te amo mais que tudo!

NAS SUAS MÃOS

Firmes e Suaves 
Suas grandes mãos
Envolveram todo o meu ser

Mãos de operário da poesia
Dedos de instrumento da arte
Palmas de vontade da vocação 
Pulsos de ação do amor

Mão que faz
Mão que tece
Toca
Pinta
Limpa
Acarinha
Acolhe

terça-feira, 1 de setembro de 2015

in mim

Eu tenho você,
colada em mim.
No colo do meu útero
até todo o resto
do meu braço.
Eu tenho você
pra sempre,
quer queira você
ou não.
Eu tenho você
em mim.
E enquanto
você depende de mim,
eu sou responsável
por cuidar de você,
educar, ensinar,
estar por perto
e já saber também
me retirar.

Você é muito mais minha
sendo fora de mim.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Mulher Cavala

A minha mulher cavala pisa firme no chão.
Cavalga forte na trilha sonora cósmica do coração.
Ela não para, determinada.
Ela quer seguir, sem relinchar.
Ela é forte mesmo, pesada por fora, carcaça.
Ela é leve por dentro, amável, puro amor.
Ela é sincera e é o meu escudo.
É minha Deusa, meu mito obscuro.
Minha mulher cavala é minha cara a tapa.
E ela só quer cavalgar, montar e ser montada
Livre, leve, firme e forte.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Ponta-cabeça

Um mergulho de cabeça
Com os braços para o alto
O coração aberto
Curvas na coluna
Pernas esticadas
Pés unidos
Bem firmes
Pegam impulso no chão
Um mergulho consciente
Nas profundidades do mar
Lá...
Onde moram os mistérios
(aquilo que não se decifra)
Onde vivem muitos seres
(aqueles que respiram)
Onde tem cavernas
(a sombra)
Onde tem verde
(o alimento)
Onde tem vida
Um mergulho com tudo
Coragem
Permissão
Afeto
Liberdade
Intensidade
Exagero
Consciência
Consequência
Um mergulho de dentro para fora.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Freud.

Freud, por favor, explica minha eterna fase oral de querer tudo com a boca! Explica! Me dá uma solução! Eu não dei chupeta para minha filha, pensando em poupá-la de um primeiro vício oral. Talvez pela falta da chupeta, ela seja tão desenvolvida na fala. Ela come muito bem, o que é muito bom. Mas pensando em mim, já acho que a comida faz parte dos meus hábitos orais onde esbarro no vício. A boca tem vontade própria. Fala, come, bebe, fuma, beija, faz biquinho, chupa, sopra. A primeira coisa que um bebê faz quando nasce é abrir a boca para chorar e tudo que ele quer é sugar. Ele toca no mundo através da sucção. Sinto-me um bebê gigante e desejo ter domínio sobre as minhas necessidades orais. A minha ansiedade mora na boca, a minha angustia também. E a minha carência também.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

fragmentos

Eu ando muito louca. Intensa. Inteira. Radical. Entregue, permissiva. Livre. Feroz e insustentavelmente leve.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Boas Novas

as novas impressões
de tão novas
trazem surpresas

graças do agora

o antigo ficou
passado, amarelado, amarrotado
o novo está
limpo, claro, pelado

atrás as máscaras penduradas
na frente um baile de máscaras

de lá não resta nem saudade
de cá sobra liberdade

ontem eram concessões
hoje só permissões

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

para não esquecer...

EX-POESIA
 
SE A POESIA NÃO EXISTISSE
AS BORBOLETAS NÃO SAIRIAM DO CASULO
O ZERO SERIA NULO
AS FLORES PERDERIAM SEUS ODORES
O ARCO-ÍRIS NÃO TERIA SETE CORES
NEM HAVERIA SOL NA LUA
 
SE O POEMA NÃO EXISTISSE
AMAR SERIA TÃO TRISTE
QUANTO UM DESERTO SEM OÁSIS
OU UM LUAR SEM ECLIPSE
 
SE O POETA NÃO EXISTISSE
AS MUSAS NÃO SERIAM LINDAS
OS AMANTES NÃO AMARIAM O PRÓXIMO
E O PRÓXIMO AMOR SERIA O ÚLTIMO
 
TALVEZ A POESIA SÓ EXISTA
PARA DERRETER CORAÇÕES DE GELO
AFINANDO PIANO HUMANO
HUMANA E SACANA
SENTIMENTAL COMO O MEDO.
 
Tavinho Paes

sexta-feira, 15 de março de 2013

Poemas para CORA

Poema para Cora
                           Beatriz Provasi

Será que Cora chorará?
Será que sorrirá?
E a cara de Cora, corará?
E a cor da careta de Cora, 
será coral?
Cora no colo,
carinho em Cora
Cora linda carinha corada
Cora de coragem
e de coração
Agora, Cora, não chora!
- canta o coro de todas as cores.
E Cora colore o mundo.

CHAMADO DE CORA
                              Bruno Lima

Cora, querida
A felicidade te espera
Pela vida afora
Enquanto você demora
A vir ver a vida.
Da primeira idade
À última primavera
O mundo aqui fora
Te reserva mistérios
De hoje, de outrora
E de a partir de agora.
Vem, Cora, querida
Simbora!
Vai chegando a hora
De abrir a caixa
De Pandora
Quebrar o decoro
Encarar a vida
Vem, Cora, querida,
Que tudo começa bem
Aí cresce, aí sofre,
Aí tem dia que piora,
Tem catapora,
Mas depois melhora
Vem, Cora
Vem ser menina
Pra ler Cora Coralina
Pra vender saúde
E ser Cora Corada
Pra brincar de ser
O que tiver vontade
Cora Curiosa
Pra ver a fauna
E a flora
Pra subir no pé
Provar da ameixa
Comer da amora
Fazer sua própria
Trilha sonora
Cora Curinga
Pra dizer axé
Seguir Ganesha
Ou o Caipora...
Ora, ora
É a sua deixa
A sua hora
Tem rima até
Com Nossa Senhora!
Vem ser Cora Coração
Pra se apaixonar
Pela vida
E ser correspondida
Pra se casar
Se quiser
Virar nora
Ou dar o fora
Vem, Cora,
Ser Cora Coruja
Pra um dia ser mãe
E também dar vida
A outras Corinhas
Ser Cora Corajosa
Pra se reinventar
E mudar de cor
A cada aurora
Até ficar velhinha:
E virar Cora Coroa
Bonitona, numa boa
E depois Cora Corega!
Orgulhosa da banguela
E de uma vida, toda ela
Ancorada no amor
E escorada na entrega


***** vídeo no YouTube, basta digitar: "Chamado de Cora, com Betina Kopp ******



Primeiro pônei
                     Juliana Hollanda  

e lá de longe
vem ela

do céu
do coração

- sua ação em nascer
já demonstra experiência -

do desejo de teus pais,
de um amor genuíno,
em pleno explendor

do carnaval nos mares de
itacoatiara

de um conhecer tão de longe...

verdade do querer

você nasceu bem pensada, amada, planejada
que veio para alegrar nossa vida em muitas madrugadas
e antes que os céticos venham reclamar,
eu digo que sei que criança dorme cedo
e você veio para nos ninar

alcalmar os corações com sua luz lilás
da cor desse primeiro poema-pônei
para você,
menina. Meu coração! ♥

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Relato sobre o PARTO


                                  Um PARTO Humanizado

Vivenciei uma gestação maravilhosa, muito saudável e feliz! Costumava dizer que estava melhor grávida, pois com isso, parei de fumar e beber e passei a tomar conta de mim com muito mais carinho e amor, pois dentro de mim cultivava um ser. Adquiri hábitos saudáveis e pratiquei exercícios, pilates e hidroginástica, além de caminhadas na praia. Ingeri alimentos super saudáveis, mas não deixei de comer minhas besteirinhas, como doces, que amo! Comer é para mim um prazer muito grande e por isso não quis me privar dessa felicidade. Estar feliz é fundamental para aproveitar a gravidez. E eu aproveitei muito, nossa! Fiz tudo que podia. Dormi bem, comi bem, fiz drenagem linfática, grupo de gestante, escultura de gesso da barriga, diário para Cora, vídeos, fotos, performance... Sentia-me plena. É uma sensação indescritível que só cabe a nós mulheres.

Fora a parte encantadora, procurei ler e me informar bastante, fizemos isso, eu e o Tito. Com isso, busquei um médico que atendesse minhas expectativas em relação ao parto natural e encontrei. O pré-natal foi super tranqüilo, não senti nada, enjoo, azia, dor... Não precisei tomar vitaminas e nem tomei nenhum remédio. Adorava ir ao médico, era uma felicidade! Fazer ultra, então, nossa, um deleite para nossos olhos! Desejava o parto na banheira, porque sempre tive uma relação muito boa com a água e pensava que caso minha filha não nascesse na banheira, pelo menos faria parte do trabalho de parto entrar em contato com a água. Planejei fazer no Hospital Icaraí, porque aceita meu plano de saúde e tem uma sala linda de parto humanizado, com teto azul cor do céu cheio de nuvens e uma grande banheira ao lado. Meu médico dizia que eu poderia fazer o parto como quisesse, de cócoras, deitada, na banheira... Enfim, sempre me deixou bem à vontade. A única coisa que não passava pela minha cabeça era fazer uma cesárea. Quando as pessoas diziam ter medo do parto natural, eu tinha medo era da cesárea. As dores do trabalho de parto não me assustavam, pelo contrário, desejava muito sentir tudo, o anúncio da chegada, todas as movimentações fisiológicas, as reações do meu corpo, a passagem do bebê pelo canal e enfim sua chegada ao mundo. Conversava com Cora sobre tudo isso, explicava para ela o que iria acontecer, dizia para ela não ter medo, ser corajosa e segura, que estaríamos juntas, seria um trabalho nosso, uma apoiando a outra... Mas em momento nenhum joguei a responsabilidade para ela de ‘entrar em trabalho de parto’, porque ainda não se sabe de onde parte o estímulo inicial para o trabalho, se é do bebê, da mãe, dos dois e também não se sabe ao certo o porque não se inicia esse trabalho.
Depois de 9 meses pesquisando, lendo, conversando, eu e o Tito nos sentíamos super preparados para o trabalho de parto e o parto e agora, só restava esperar. A data prevista de parto era dia 27 e a lua cheia chegaria no dia 28, achamos que Cora chegaria junto, mas nada! O tempo foi passando e nem sinal de trabalho de parto. De acordo com a data da última da menstruação, eu faria 42 semanas no dia 10 de janeiro, porém considerando a data apontada na minha primeira ultra eu fazia 42 semanas no dia 06 de janeiro e para os médicos essa data da primeira ultra é muito importante e eles levam em consideração. Meu médico já esperou até 43 semanas em alguns casos, mas é preciso monitorar e estar tudo certo com o bebê e a mãe. No dia 06 de janeiro, por volta de 21 horas fui fazer o acompanhamento no Hospital, realizar os exames necessários. Fiquei 30 minutos sendo monitorada no exame CTG, e o coração dela estava ótimo, mas a ultra apontou que meu Índice de Liquido Amniótico era 1,7 e isso é muito baixo. A médica do Hospital queria me internar, mas ela queria isso desde a hora que pisei no Hospital, independente do resultado dos exames, ela achava que eu já deveria ficar por estar com 42 semanas e após o toque perceber que ainda estava longe de Cora descer. Fora isso, eu não confiei plenamente no resultado da ultra, pois a outra médica que fez a ultra não era especialista nisso e sim estava ‘quebrando um galho’. Falei com meu médico que não ficaria lá, que queria eu mesma ir em casa pegar minhas coisas e ele concordou e disse que nem pensou na possibilidade de eu ficar, sabia que eu não tinha levado nada e saído desprevenida, que ele assumia o risco, pois Cora estava mexendo bem com vigor e seu coração estava ótimo, além disso, precisávamos pensar em mim, no meu estado emocional, no tempo para eu assimilar o que estava acontecendo, caso contrário como seria meu pós-parto?  E o que estava acontecendo era: Eu achava que poderia esperar até pelo menos dia 10 e tinha todas as esperanças que entraria em trabalho de parto até lá, ou poderia fazer uma indução para o parto normal. No dia 06, eu fui tranqüilamente fazer um exame e detecto que terei de fazer uma cesárea e que não tenho mais chances de esperar. Conversei com meu médico e pedi para fazer outra ultra, ele concordou e marcamos para o dia seguinte, 6 horas da manhã no Hospital Santa Martha, ele marcou com a médica de lá especialista no exame e pediu que eu já levasse nossas bolsas, minha e de Cora para depois possivelmente ir direto para a internação. A minha intuição estava certa de que o laudo estava errado, essa médica encontrou um Índice de Liquido Amniótico de 4,3. Porém não era suficiente para manter a bebê num estado confortável estando com a idade gestacional avançada e nem sinal de trabalho de parto. Eu apresentava um quadro de Oligoidrâmnio, mas como o índice não era tão baixo, o médico disse que a única coisa que podíamos fazer era esperar até o dia seguinte (dia 8) pela manhã e eu disse que queria esperar, afinal a esperança é a última que morre. Combinamos então, que ele me ligaria para marcar o horário certo da internação.
Voltamos para casa e como não tínhamos conseguido dormir nada, Tito foi tirar um cochilo e eu fui rezar, pedi para Deus, para o meu Anjo da guarda, para todos os Deuses, para a Mãe-natureza, para Cora... Pedi com força que me enviassem algum sinal, qualquer sinal para eu saber se estava agindo corretamente, um sinal para me guiar, me proteger, me iluminar. Precisava saber se poderia esperar o tão aguardado trabalho de parto. Quando eu finalizo minhas orações, Amém, imediatamente meu telefone toca: meu médico. Dizendo que já tinha marcado e combinado com a equipe para o dia seguinte, mas que estava angustiado e preocupado com a minha situação, que isso não saia da cabeça dele e que recentemente, há 3 meses, havia vivenciado um caso muito parecido com o meu, que não acabou bem. Pediu desculpas e disse para eu pensar, que por ele, não esperaríamos até o dia seguinte e faríamos naquele mesmo dia, que eu tive uma gravidez muito saudável e ele gostaria de me entregar Cora assim, super saudável, sem riscos de ser diferente ou dela ter que passar por qualquer procedimento. Desliguei o telefone e entendi que aquele era o sinal que tanto pedi. Conversei com Tito, coloquei minha vaidade de lado e liguei para o médico confirmando. Estava mexida por dentro, mas lembrei que quando escolhi esse médico, sabia que se ele falasse “vamos ter que fazer uma cesárea” era porque realmente teria que ser assim. E afinal de contas, havia chegado o grande dia, da maior alegria de enfim conhecer minha cria! Eram muitas emoções misturadas, mas esse dia que passou foi fundamental para eu assimilar, entender, digerir e aceitar. Assim, fomos para a maternidade, eu estava muito emocionada, mas amadurecida.

O momento mais esperado ao longo de 42 semanas e 1 dia estava prestes a acontecer. Entrei na sala de parto e a música que tocava era ‘Mantra’ de Nando Reis, meu médico preparou uma trilha sonora para tocar durante todo o parto da Cora. 


Depois, entraram Tito e Layana, minha amiga fotógrafa e militante do parto natural, a presença dela foi muito importante para mim, pois seus olhos são sempre de amor e calma, além dela entender muito bem sobre esse processo de gestação e parto. O anestesista era muito delicado e me deixou bem tranqüila, quando ele dizia o que eu ia sentir, eu já estava sentindo... e senti o maior barato. (Risos) Esse momento foi bom para descontrair e eu dizia: “Nossa! Que baratão!” E ria muito. Os eletrodos de monitoramento foram colocados nas minhas costas para que eu pudesse receber minha filha no peito livre de eletrodos, o anestesista me explicou que quando minha filha nascesse eu teria a reação de colocar os braços para frente e não poderia, pois era a área da cirurgia, mas foi o que eu fiz, quando anunciaram que ela estava nascendo e baixaram o pano para eu vê-la chegando e prontamente o anestesista com cuidado segurou meu braço. 

Ela saiu da barriga, passaram um pano nela para uma limpeza rápida e imediatamente ela veio para o meu peito. E ai, foi muita emoção, muita emoção!!! 



















Chorava e conversava com ela, que já buscava o meu mamilo com desejo de mamar, sua mãozinha estava bem próxima do meu rosto e o seu chorinho era como uma linda canção para os meus ouvidos. 







Resolvi falar para ela o poema que falei durante toda a gravidez: Poeminha Amoroso de Cora Coralina. E imediatamente, ela parou de chorar, foi lindo demais, olhar para ela, emocionada, chorando e falando versos de amor profundo, além disso, a música que tocava era “Como é grande o meu amor por você”. Foi uma emoção conjunta, todos os envolvidos estavam emocionados.


 Depois desse poema, continuei conversando com ela e resolvi falar outro poema: Chamado de Cora, feito por Bruno Lima especialmente para Cora e mais uma vez ela ficou atenta escutando. 


Foi tudo muito especial, começando pelo cuidado e o carinho com o parto, podemos dizer que foi uma cesárea humanizada, não era aquele clima frio de cirurgias, era aconchegante, tudo escuro, luz somente na barriga, música de fundo, pano abaixado para eu ver ela nascendo, a bebê no meu peito durante um bom tempo e o envolvimento de toda a equipe. Esse momento que ela ficou no meu peito, envolvida no meu braço, com as mãos no meu rosto... esse momento foi algo que não sei explicar, como disse o pediatra, esse é o momento em que inaugura-se uma família! Olhar para aquele ser, resultado de meses de gestação, de cultivo, aquele ser que foi gerado dentro de mim, que eu senti evoluindo a cada dia e que foi muito desejado e esperado, aquele pedacinho de mim que já amava tanto e sentia transbordar amor, exalar amor, chorar amor... era só amor, amor, amor, amor...

Depois de trocar com a mamãe, foi a vez do papai assumir, ele cortou o cordão umbilical, 

acompanhou os primeiros exames básicos feitos pelo pediatra e foi ele quem a levou para o berçário, lá ela foi pesada e medida: 4,010kg e 52 cm. De acordo com o pediatra, para Cora foi como se tivesse nascido de parto normal, pois não precisou de nenhum procedimento comum a cesárea, como aspiração no nariz e incubadora para ambientar temperatura. No berçário, foi Layana quem colocou a roupinha nela e ficou atenta para não fazerem nada que não fosse necessário, como esses procedimentos que citei acima. 

O papai exibiu Cora para a família e os amigos, que aguardavam ansiosos do outro lado do vidro, parecia um aquário de Corujas e o papai todo bobo com Cora no colo.


Enquanto isso, a mamãe estava sendo ‘organizada’. O médico disse que ao abrir minha barriga constatou que eu estava com pouquíssimo líquido mesmo. Foi tudo bem rápido e cheguei a conclusão que não havia sentido nada mesmo, do início ao fim da gravidez, nenhuma dor ou mal estar, nem as tão esperadas contrações, senti apenas muitas emoções. Assim que voltei pro quarto, Cora chegou toda arrumadinha, a coisa mais linda do mundo. A enfermeira logo a colocou para mamar. Eu não podia levantar, estava deitada e ela posicionou minha filha e nos ajudou nessa primeira mamada, foi ai, que entendi como era a ‘pega’ certa e quando ela realmente estava sugando. Durante o parto, ela buscou o mamilo, mas não fez a ‘pega’, não tinha posição e nem auxílio e eu não podia fazer muitos movimentos. Mas logo depois, nesse nosso primeiro momento, foi lindo sentir ela sugando e perceber o poder da natureza de oferecer o alimento mais poderoso que sai do corpo da mãe. É mágico! E ela sugava com força, com vontade. A partir daí, criamos nosso laço da amamentação e tem sido maravilhoso. É um momento especial entre nós duas e mamar é tudo pra ela! Poder oferecer o alimento é como um presente que recebo a cada mamada. Aliás, ser mãe é um presente divino, uma dádiva! Só tenho a AGRADECER! Muito Obrigada, Deus, Anjo da Guarda, Tito(meu amor), mamãe, papai, todos os familiares, amigos, Layana, médicos, enfermeiras... Muito Obrigada, Cora por nos escolher para ser seus pais e compartilhar nossa existência com você. Sou muito feliz por você ter me escolhido para ser sua MÃE!!! Gratidão!


sábado, 3 de novembro de 2012

III EPOCABREU na Praça As Primaveras

Matéria sobre o III EPOCABREU no RJ TV da Região dos Lagos. Eu apareço no final da matéria falando sobre Poesia para Degustar...

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

para

Buscar Deus
para cuidar do seu espírito

Alimentar-se de boas energias
para cuidar da sua saúde

Usufruir das inteligências
para cuidar da sua mente

Mover-se na direção do amor
para estar em paz com o seu coração

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Atualizando

Estamos em outubro e eu estou com 7 meses de gravidez, desde que descobri que carregava uma vida em meu ventre, que não consegui mais atualizar meu blog, sequer escrever um poema, porém escrevo diariamente no livro-agenda-caderno chamado "365 dias de um ano muitos especial" e conto para minha filha tudo que está acontecendo e como estou me sentindo.

O blog serve como registro para mim e no começo do ano participei de dois Eventos muito legais que faço questão de registrar aqui, ambos aconteceram em abril:

- Semana Literária da Escola Parque Gávea



Foi maravilhoso participar desse evento, fiquei responsável por dar uma palestra sobre POESIA  para duas turmas do nono ano do Ensino Fundamental, uma de cada vez, ocupando o tempo de uma aula, cerca de 50 minutos. Eu fui vestida de garçonete e palestrei sobre poesia falando muitos poemas, conversando e abrindo espaço para que eles pudessem se expressar. Esses alunos sabem a diferença que existe entre poesia e poema e estão bem preparados para trocar sobre esse assunto! Foi bem legal! A garçonete da poesia foi o personagem escolhido para colorir a palestra, mas nem precisei usar o cardápio da performance Poesia para Degustar. O tempo passou muito rápido para mim e para eles, o que significa que foi muito prazeroso para nós!

- III EPOCABREU Encontro de Poetas em Casimiro de Abreu.
Na cidade do poeta, a palavra voou suave, uma brisa leve e gostosa na beira do rio. Tudo muito simpático ao ar livre. Eu circulei por todas os espaços com a performance POESIA PARA DEGUSTAR e encontrei adultos e crianças disponíveis e sensíveis, tinha até casal em Lua de Mel. Foi muito lindo e prazeroso! O poeta com certeza estava nos abençoando!



A performance POESIA PARA DEGUSTAR é super adaptável, vamos nos moldando de acordo com a proposta. Quando comecei, fazia de forma itinerante e depois foram surgindo outras formas, como Oficina de Poesia, Palestra e Apresentação em palco.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

" A grande família"

Vídeos com os trechos das minhas participações em "A grande família", como repórter  e âncora.







sexta-feira, 27 de abril de 2012

Desfile-Performance

 A loja Marycota em Niterói lançou seu acervo coletivo com curadoria de Frederico Tauil, consultoria de moda por Alice Autran Garcia, exposição de quadros de Guilherme Pondé e eu excutando um desfile-performance.

Após caminhar pela loja, achei apropriado falar um poema de Viviane Mosé

a palavra é uma roupa que a gente veste
Uns gostam de palavras curtas.
Outros usam roupa em excesso.
Existem os que jogam palavra fora.
Pior são os que usam em desalinho.
Alguns usam palavras raras.
Poucos ostentam caras.
Tem quem nunca troca.
Tem quem usa a dos outros.
A maioria não sabe o que veste.
Alguns sabem e fingem que não.
E tem quem nunca usa a roupa certa pra ocasião.
Tem os que se ajeitam bem com poucas peças.
Outros se enrolam em um vocabulário de muitas.
Tem gente que estraga tudo que usa.
E você, com quais palavras você se despe?

(Viviane Mosé)

Frederico Tauil escreveu um texto sobre a estação e eu fiz a interpretação através da fala e de gestos agregados a tintas.

Telescópio.
A vida volta seu olhar para o multissensorial:  somos exuberantes, somos formas rebuscadas refletindo todo o ouro do sol e toda prata da lua. Somos tudo o que temos direito, em cada segundo, como nunca mais!
Estou entregue escancaradamente a minha primitiva FOME DE VIVER!
E começo os dias vibrando instantes de tons avermelhados. Na minha cintura marcada, somente um desejo: que seja eterna esta sensualidade dramática que corre em minhas veias e pulsa sinfonias
! Eterna; enquanto dure.
Agora é minha melhor estação... Esmeraldas, rubis, safiras, tudo junto e misturado refletindo em prismas meu brilho durante dias e noites sem-fim...
Abro alas em paz sem vergonha de ser feliz, pq afinal de contas, sei que um dia estarei muda, e mais nada.




quinta-feira, 26 de abril de 2012

Estúdio Móvel



Programa Estúdio Móvel da Tv Brasil.
Fui entrevistada pela Liliana Reis

Atualizando a gaveta

O que rolou, passou... e eu não quero deixar de registrar na minha grande gaveta virtual: o blog.

 

Agência de Notícias

2º Seminário de Aprendizagem teve Talk Show em sua programação e foi um sucesso
Participar
11.03.2012
2º Seminário de Aprendizagem teve Talk Show em sua programação e foi um sucesso
No formato de um programa de Talk Show, os jovens do Pró-Lideranças NEA-BC  debateram no 2º Seminário de Aprendizagem junto com lideranças de movimentos sociais, as suas histórias, desafios e conquistas ao longo de suas militâncias.

O Talk Show é um gênero de programa televisivo em que uma pessoa ou um grupo de pessoas se junta e discute vários tópicos que são sugeridos e moderados por um ou mais apresentadores, tendo nos intervalos das discussões apresentações culturais, na qual a do Pró-Lideranças NEA-BC foi coletivo cultural Voluntários da Pátria.

Comandado pela apresentadora da Multishow, Betina Kopp, os líderes sociais Andrés Thompson, Elionice Sacramento, Michel Chagas e Luciara Figueira compartilharam com os jovens as diversas inteligências de liderança, destacando momentos importantes de suas atuações. As lideranças convidadas participam respectivamente das seguintes Instituições ou Movimentos Sociais: Projeto Streetfootballworld Brasil, MPP -  Movimento de Pescadores e Pescadoras, Instituto Steve Biko e CGPEG/IBAMA.

http://www.neabc.com.br/noticia.php?id=70

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Nova

Dentro de mim
a busca pelo novo.
Sempre, incessante.

O grande uivo
final da palavra
permanece ecoando
no meu intestino.

Os gritos já foram salvos
as palvras já ditas
diluídas e
já não mais empregadas.

Colher mangas podres
no quintal da terra
é o meu grande exercício
de limpeza diária.

A louça, a faxina
a casa, o cachorro
formam a estrutura
da minha nova Poesia.



sábado, 10 de dezembro de 2011

Emily Dickinson

1212
"Uma palavra morre
Quando é dita —
Dir-se-ia —
Pois eu digo
Que ela nasce
Nesse dia."

in sano

Sano a sanidade possivel
no oco da alma
oculto e profundo.
Escapole em instantes
pingos do presente inventado,
quadro criado,
pintura difundida revelada em luz.

FLIPORTO 2011

Para variar um poquinho, estou atrasada nas informações, mas o que vale no meu blog é o registro...

Pela quarta vez consecutiva, o grupo Corujão da Poesia esteve na FLIPORTO - Festa Literária de Pernambuco, que antes acontecia em Porto de Galinhas e agora acontece em Olinda.
Na edição de 2011 estivemos eu, João Luiz, Beatriz Provasi, Paulo Beto Meirelles e Natália Parreiras. E garanto, que como sempre, pintamos e bordamos POESIA na companhia de muitos outros companheiros...
Começamos bem no dia 12 de novembro, abrindo o palco com poesia para o Show do nosso padrinho Jorge Ben Jor. O Fortim do Queijo é um espaço aberto e ficou lotado, as pessoas foram muito receptivas e escutaram com atenção nossa apresentação. Foi um momento especial de vibração da Poesia. O show de Jorge Ben dispensa comentários... Muita energia!!!!!
O Cortejo Poético circulou por toda a Praça do Carmo unindo os grupos Corujão da Poesia, Literatrupe, AltFest Fliporto e todos que passavam... com bonecos gigantes de Deepak Chopra,Gilberto Freyre e Jorge Ben Jor. Eu fui de PQP - POESIA QUE PARA.
Encerramos nossa participação na Tribuna Livre.
É sempre muito bom participar dessa Festa linda, sinto-me parte dela. Estou em família com o giro da poesia pernambucana. Na FLIPORTO, acontecem momentos muito especiais, pessoas que eu só encontro lá e é muito bom poder trocar e estar com pessoas interessantes e carinhosas.