segunda-feira, 25 de agosto de 2008

pedaços

Pedaços da minha família espalhados
E eu aqui
Ele lá.
Andiara, rainha da Terra e do Fogo,
passou e forneceu combustível
para continuar a caminhada.
Seguimos...

buraco grande

O que passa dentro de mim
nesse segredo tão profundo?
Esse lado obscuro e reprimido.
A moral da máquina de contrair glúteos.
Terrível mania de perfeição
Embaralha meu campo mais puro e sincero,
o campo do jogo das sensações.
Sensibilidade em excesso.
Meu corpo é maior que o cérebro.

domingo, 17 de agosto de 2008

Nome próprio

O seu nome é próprio?
É inventado?
Você tem vergonha e prefere um pseudônimo?
Ou você tem um amor próprio tão profundo que escreve seu nome em qualquer canto?
Sua digital é importante?
Você significa algo para você?
Ou para os outros?
O que é realmente seu?
O que você não aceita perder?
Você tem duas caras?
Muitas?!
Quantas?
Quantas personagens cabem em você?
Você se confunde com eles?
Ah... você é todos eles.
E você aguenta?
Entope?
Transborda?
Quem é você?
Um nome?
Um corpo?

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA

Voluntários da Pátria no Projeto AQUALUME
dia 16/08 (sábado)
21 horas

local: Lagoa Rodrigo de Freitas
ponto de econtro: Estacionamento do Parque do Cantagalo – junto ao Container do Aqualume.
GRATUITO!

www.aqualume.com.br

quinta-feira, 7 de agosto de 2008



Nasci uma coisa fofa loira. Tão loira que meu cabelo ficava verde por causa do cloro. Eu vivia na piscina. Só um muro dividia minha casa da academia. Meu pai dava cursos de natação para bebê e me jogou na piscina com três meses. E desde então, muitas águas rolaram.
Encarei minha primeira onda com muita areia na cara e um choro para fazer dengo para os meus pais amados. Mas assim passei a não ter medo do mar e encará-lo com fé. Galopei de sapatilhas e tchu-tchu cor-de-rosa.
Segui em frente...
Depois veio a grade do aparelho, o rosto inchado, oleoso, redondo...
Sofrimentos de menina boba que eu era.
Primeiro amor.
Mais sofrimentos.

Hoje, vejo nas fotos do passado um sorriso branco brilhoso, de um branco que não conhecia cinza, um sorriso que queria comer o mundo. Hoje, meu queixo está mais para baixo e minha alma mais para dentro. E eu, mais ajustada em mim.
É a tal maturidade...
E como é perturbador encontrar a calma e a leveza da espera. É ruim ser paciente. Essa ansiedade tira o meu sono.
Mais sofrimentos.