quarta-feira, 23 de julho de 2008

rompeu o casulo

ELA simplesmente deixou tudo cair. A pilha de livros no chão representava a grande cachoeira de pensamentos, uma pancada grande de água.

O desaguar era um poço sem mola.
Iam para não sei onde...
E nada fora do abstrato se concretizava para ELA.

ELA entendia de emoções, era especialista em investigar sentimentos.
E de tanto sentir, parava de andar em linha reta para se jogar no chão e dar cambalhotas de fogo.


ELA, sensível, pequena joaninha vermelha, cheirosa rosa amarela, cheia de cores e movimentos redondos afastou o cinza e na espiral transformou em bola todos os quadrados. E saiu borboleta... e voôu.

Foi assim. Eu vi.

1 comentário:

Borboleta Bia disse...

Maravilhoso este poema Betina!

Beijos,
Gabi