Dentro de mim
a busca pelo novo.
Sempre, incessante.
O grande uivo
final da palavra
permanece ecoando
no meu intestino.
Os gritos já foram salvos
as palvras já ditas
diluídas e
já não mais empregadas.
Colher mangas podres
no quintal da terra
é o meu grande exercício
de limpeza diária.
A louça, a faxina
a casa, o cachorro
formam a estrutura
da minha nova Poesia.
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