De Juliana Hollanda
gestos que falam
mãos são palavra
- costurada -
no sorriso largo da menina que dança
ela faz balé com passos certeiros
de frases concretas
num vasto cardápio de idéias
- e vontade -
ela se constrói
- desconstruindo -
as asas
apontam o arco-íris
e surge da nuvem mais alta,
a mulher
ela mergulha no palco,
dá rasante nas frases cortantes
enche o peito de água e
transforma sensações em chafariz
respira exposta em pleno mar
- a onda bate e revela -
a feminilidade está em ver
que o outro acredita na volúpia
que se espelha
- vislumbra –
surge seu olhar
meu poetOculto é água
- nascente –
que guia os dias
(e permite sentir)
purpurina verde que se espalha
- ao redor -
faz todo mundo
ouvir
a voz do coração
e assim,
ser.
Para Betina Kopp
De Juliana Hollanda
(20.12.14)
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