Querido blog,
Eu gosto muito de vc!
Vc me ajuda a colocar coisas para fora...
e principalmente organiza o arquivo da minha cabeça.
Eu não tenho obrigação nenhuma com vc, venho aqui quando quero.
E tb não tenho pessoas chatas bisbilhotando vc e por isso não tenho problemas com comentários.
Vc é tranquilo e funicona muito bem.
Ainda não consigo colocar vídeos em vc direito, mas tenho certeza que vamos vencer juntos essa barreira.
Agora escrevo por saudade de vc e por me achar na obrigação de te dar um 'valorzinho', ou seja colocar coisas em vc. Alimentar vc. Oferecer variadas letrinhas e imagens coloridas. Deixar vc bem bonitinho para eu te olhar e me ver.
Vou atualizar vc...
Eu fui para FLIP - Festa Literária Internacional de Paraty
O centro histórico é muito lindo e durante a festa respira palavras... é tão bonito, tão animado... tantas coisas acontecem ao mesmo tempo... a praça fica linda enfeitada para as crianças... e livros pendurados nas árvores.
O homenageado da Festa foi Manuel Bandeira. Vou te contar algumas coisas que aconteceram na programação OFF Flip....
Na Casa do Jornal do Brasil durante o lançamento do livro "Alumbramentos e perplexidades -vivências banderianas" do pernambucano Edson Nery da Fonseca fizemos uma performance poética com poemas do Manuel Bandeira, eu, Beatriz Provasi e Lucas Castelo Branco. Falamos: POÉTICA, NOVA POÉTICA, DESENCANTO, MINHA GRANDE TERNURA, POEMA TIRADO DE UMA NOTÍCIA DE JORNAL, TRAGÉDIA BRASILEIRA, VULGÍVAGA, TEREZA, A ARTE DE AMAR, PORQUINHO DA ÍNDIA, O BICHO E PASÁRGADA.
Foi muito bonito!!!
DESENCANTO
Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota do coração.
E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
- Eu faço versos como quem morre.
Manuel Bandeira - Teresópolis, 1912 'A cinza das horas'
A poesia vibrou tb no tradicional Sarau do Príncipe... João Luiz de Souza iniciou com Jorge Luis Borges:
"Creio que a poesia é algo tão íntimo, algo tão essencial, que não pode ser definido sem se diluir. Seria como tentar definir a cor amarela, o amor, a queda das folhas no outono...Eu não sei como podemos definir as coisas essenciais. Penso que a única definição possível seria a de Platão, precisamente porque não é definição, senão porque é um fato poético. Quando ele fala da poesia, diz: Essa coisa leve, alada e sagrada". Isso, eu acredito, pode definir, de certa forma, a poesia, já que não a define de um modo rígido, senão que oferece à imaginação essa imagem de um anjo ou de um pássaro".
De Conversaciones con Borges, Roberto alifano, 1984.
E seguiu...
No dia 06 de julho saiu na coluna GENTE BOA de Joaquim Ferreira dos Santos integrante do Segundo Caderno do jornal 'O Globo':
". Num casarão à beira-mar, aconteceu o encontro organizado pelo pessoal do Corujão da Poesia à meia-noite de sábado. "Viva a Lua!", saudava a atriz Betina Kopp, antes de o povo começar a uivar literalmente, para o céu.
. Tochas e castiçais - num deles, o poeta Tavinho Paes acendia seus cigarros - delimitavam o palco. "Toda vez que a gente está num círculo de fogo as salamandras riscam o chão com um punhal de faca", disse Tavinho abrindo a roda de poesia.
. "Se os poetas não existissem, as musas não existiriam - poesia é um lady", recitava Betina, passando as mãos pelo corpo.
. A escritora Leila Lobo preferiu "Evocação ao Recife", de Manuel Bandeira. "Bravo, muito bem!", aplaudiu a secretária de Cultura Adriana Rattes.
. Beatriz Provasi fez pupurri poético com músicas de Chico Buarque, como "Geni" e "A banda".
. Um diálogo entre Mario de Andrade e Macunaíma, dito e interpretado por Mano Melo, arrancou gargalhadas. "Exijo modificações no último ato - por que tanto carrapato pra me sugar pelo mato?, indagava o Macunaíma de Mano.
. Vestida num longo branco, com cauda e livros costurados, a atriz Patricia Carvalho de Oliveira falava sobre relação enquanto o namorado filmava para um documentário sobre o amor."
O bar 'lado B' bombou mais uma vez... rolou "Arte em Andamento" do pessoal do Rio e o Coletivo Poesia Maloquerista de São Paulo, que inovaram com um super time de músicos e microfone liberado durante as músicas... poesia e dança rolaram soltas...
Pronto.
Agora vc já sabe de mais algumas coisas.
Seguimos.
Boa noite!
beijos da sua
BB
1 comentário:
Obrigado por intiresnuyu iformatsiyu
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