Estou enlatada,
cheia de conservantes.
Embalada a vácuo,
vazia de naturalidade.
Sem as cores
que me iluminavam,
fiquei opaca!
Restaram cinzas.
O brilho evaporou com o álcool,
o viço com a fumaça
e eu fiquei assim.
Assim, assim.
Com o amor que passou
e a rejeição que ficou.
Com as máscaras encobrindo a solidão
e as farsas impedindo o desejo.
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