terça-feira, 27 de abril de 2010

AR

Eu cheiro o pó da vida
colho as cinzas
sinto a falta de ar do meu pulmão.
Respirações profundas.
Intuições embaçadas.
Instintos mais que primitivos.
Eu cheiro o ar
Respiro a rua
Inalo a vida
Inspiro amor
Exalo solidão.
Puxo a vida refletida
pelo nariz e pela boca.
Solto por onde puder...
pelo nariz, pela boca,
pelo ouvido, pelos olhos,
pelo ânus...
Orifícios. Ofícios do ser.
Ser ar.
Ser eu.

1 comentário:

Archiavéliko disse...

Bravo !
Bravíssimo !!!

Curti muito vc's na abertura do EREA CURITIBA (16/04).
E to curtindo ainda mais suas poesias neste blog.

Um beijo, abraço e sorrisos.

Well
MG