sábado, 10 de outubro de 2009

Manifesto AR-TEr


Foto: Natalie Bernier

(15 minutos escrevendo sem parar para pensar...)

Tudo começa pelo corpo, essa caixa orgânica bem feita pela natureza, onde tudo funciona em ordem com movimentos involuntários e voluntários.
Com a vida, o cotidiano tende a complicar e desajustar a forma perfeita da natureza.
Voluntariamente e inconscientemente permitimos desajustes em nosso corpo.
A respiração é vital, involuntária e deixa-se penetrar por impurezas que modificam nossa forma de agir com o pH do nosso organismo.
O ar precisa circular vivo, intenso e oxigenar todos os nossos sistemas vitais.
Esse ar passa desapercebido, mas para quem cria e faz arte ter ar é vida, raiz de todo sentimento. Arte é como ter um ar, alimenta e gera energia. O ar como fonte de criação. O ar combustível do corpo.
Corpo pulsa e sente... fala!
Fala da alma, orgânica.
Da raiz do corpo nascem os impulsos que mais tarde viram palavras.
A ação nasce do corpo, de sua capacidade de movimentos , reflexos.
Quando coloco meu corpo para funcionar e experimento todas as suas possibilidades, sinto-me cheia de vida, cheia de ar.
Muitas vezes, ao mover o corpo, experimentando movimentos extra-cotidianos, exploro regiões internas nunca visitadas e sinto muitas emoções diferentes. Emoções físicas, do meu corpo que pulsa. Emoções não racionais. E sinto-me alegre, triste, angustiada... e sentimentos sem palavras que expressam a intensidade do que sinto.
E ESSE sentir é minha alavanca.
Depois, na tentativa de racionalizar perco algumas conquistas...
Esses sentimentos que o corpo invoca quando colocados para fora de forma criativa, transformam-se em minhas provisórias ' verdades'.
Minha verdade artística fundamental.
A arte pura, viva, o ar que corre dentro sendo oferecido ao MUNDO...
...
sopro pro outro,
sopro pro mundo...
...

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