
Eu... Eu que sou muito independente...
percebo na madrugada que preciso de alguém para limpar minhas costas.
Minhas mãos não alcançam as minhas escápulas...
lá está cheio de tinta,
as vértebras carregam a massa corpórea
pesada, músculos e ossos sustentam
o peso faz carimbo na pele.
a fina camada que me protege,
papel nacarado, fruta-cor...
é tão singelo que tudo por ele passa
minha pele vira tela, 'decalcada'
suporte manchado.
Limpar essa tinta é
limpar minha alma
limpar meus restos
limpar figurinhas repetidas
limpar sujeiras da rua, mendigos, cracks...
cracks do jogo da vida.....
crack viciado, possuido.
Oh, mãe-natureza!
Você criadora,
possui tb o fogo que queima a luz do céu.
1 comentário:
poetando bem, bela poética.
te amo,
maris
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